Introdução:
Reconhecer outra cultura é mais do que visitar e descobrir os encantos e os estranhamentos que o diferente possa suscitar. É compreender, aceitar e por vezes até incorporar um hábito do outro. Trata-se de um desafio, pois é um exercício de respeito enorme, sobretudo ao que de tão incomum, poderia até ofender, se pautado exclusivamente na própria referência do sujeito que se dispôs a interagir com o novo. Exige uma prática cotidiana sem juízo de valor, para que todos os povos possam se desenvolver de forma sustentável.
Num sentido mais amplo pode-se afirmar que a aprendizagem intercultural traduz a maneira como os sujeitos que têm diferentes modos de ser e de viver conseguem conviver de maneira pacífica e harmoniosa entre si. Este processo é fundamental para a construção de uma sociedade intercultural que respeita e dialoga com o outro.
A prática dos encontros interculturais tem como objetivo a elevação da competência intercultural. Apenas através da comunicação e troca de experiências entre as várias culturas será possível o estabelecimento de interação entre elas.
Neste processo a cultura assume um papel de relevo na socialização do indivíduo, quer no seu processo de interiorização do mundo, quer na exteriorização do seu relacionamento com esse mesmo mundo. Este processo interativo é a única possibilidade de se evitar que uma cultura subjugue a outra.
Ainda pensando na sustentabilidade do desenvolvimento das diversas culturas, outro tema que será abordado é a Cristalografia, pois este é o ano de destaque internacional para este recurso. Os cristais fazem parte de nossa vida e nem nos damos conta do quanto estão inseridos em nosso dia a dia e de como são indispensáveis. A exemplo disso, há um século foi descoberto o raio X, pautado nos estudos de simetria dos cristais, aspecto que capturou o interesse do homem e conduziu a pesquisas.
A descoberta do DNA em dupla hélice foi possível por meio da cristalografia, bem como a descoberta de mais de 90 mil estruturas moleculares. Estes trabalhos promoveram avanços na área da saúde. Hoje a cristalografia é espinha dorsal da indústria farmacêutica, aeronáutica, alimentícia, computadores, enfim essencial para desenvolvimento da maioria de materiais. Deve-se investir neste recurso que está ao alcance de todos. Contudo, alerta Irina Bokova (Diretora Geral da UNESCO), é indispensável para o desenvolvimento de todos, que o uso seja uma prática sustentável.
Este trabalho desenvolvido no Colégio CERMAC tem por objetivo o diálogo intercultural por meio da educação, com práticas das ciências, da cultura, da comunicação.
e da informação. Espera-se que os participantes e os convidados que vierem apreciar este trabalho possam a favor da defesa dos valores de cada nação, acolher as diferenças para além do que lhe for confortavelmente familiar.
Sob esta perspectiva dividimos a temática entre os segmentos: Educação Infantil dedicará suas pesquisas à América do Sul, o Ensino Fundamental I à América Central e América do Norte; Ensino Fundamental II à África , Ensino Médio à Europa e Cristalografia.
Desenvolvimento 9º ano e Ensino Médio:
As turmas de 9º ano concentrarão os trabalhos na Europa mais especificamente pesquisando sobre as Invenções da 1ª Guerra Mundial e seus efeitos e consequências no mundo. Um conflito militar é um dos maiores incentivadores da inovação tecnológica, e a Primeira Guerra Mundial não foi uma exceção. Os anos de conflito, entre 1914 e 1918, testemunharam a criação de várias tecnologias que ainda desempenham um papel importante no mundo moderno.
As turmas do Ensino Médio vão abordar a Cristalografia, uma ciência que começou timidamente na pesquisa e identificação de cristais (minerais) e que foi aprimorando e aperfeiçoando o seu campo de atuação.
Os alunos desenvolverão os trabalhos visando:
– Conhecer a linha do tempo da cristalografia, pesquisando cada item dessa linha a fim de navegar por essa diversidade de aplicações científicas.
– Buscar através de pesquisas o mais amplo leque de aplicações da cristalografia.
– Selecionar os principais pontos do desenvolvimento da cristalografia.
– Promover o estudo dos principais pontos adotados, buscando atividades práticas e/ou estratégias visuais de apresentar tal desenvolvimento.
– Promover atividades práticas como: estudo da composição das rochas, formação de cristais de sulfato de cobre, iodo, nitrato de potássio.
– Conhecer as aplicabilidades da cristalografia: imagens utilizadas em tecidos, em diversos campos como agroalimentares, aeronáutica, automóveis, cosméticos e computadores, bem como as indústrias eletromecânica, farmacêutica e de mineração. Também na tecnologia, permitindo, por exemplo, o desenvolvimento de ecrãs de cristal líquido.